terça-feira, 13 de julho de 2010

Não só de pão viverá o homem!

“O Estado do Ceará está localizado na região Nordeste do Brasil. Com um Produto Interno Bruto (PIB) calculado em mais de R$ 50 bilhões de reais, o Ceará também possui a terceira maior economia da Região Nordeste do Brasil. Com fortes atrativos turísticos, contando com mais de dois milhões de visitantes por ano, o setor de serviços é o que compreende a maior parte da riqueza gerada no Ceará: 70,24%. O setor da Indústria gera outros 23,57% da riqueza e a Agropecuária 6,19%”.


Fonte: Ipece e Anuário do Ceará. www.ceara.gov.br/ceara-em-numeros

Bem, números nunca foram meu forte. No entanto, nem preciso conhecer a regras da matemática pura, para entender que oito milhões é a população do Ceará e 20%, deste mesmo número, correspondem às pessoas que escolhem, todo ano, o Ceará, como Estado brasileiro para alavancar seus negócios ou, simplesmente, para se divertirem.

Atrativos é que não faltam. Lindas praias, areias finas e brancas, céu totalmente azul. Cenário imprescindível, para quem procura lazer e diversão. Terra de José de Alencar, digna da figura marcante, Iracema – a virgem dos lábios de mel.

Bem, mas o foco é o Ceará contemporâneo. Melhor ainda é constatar que mais de 70% da riqueza gerada são por serviços prestados. É um alto resultado. Cada vez aumenta nossa responsabilidade de fazer e contribuir para melhoria dos serviços oferecidos. Sejam em quaisquer áreas: alimentação, transporte, informação, multimídia, limpeza, entre outras.

Fortaleza é a quinta capital brasileira com maior população: cerca de 2,51 milhões. Este dado nos torna co-responsável pelo seu desenvolvimento. É preciso melhorar o atendimento em todos os setores. É necessário nos preparar para a recepção de milhões de turistas para o Campeonato Mundial de 2014. Os holofotes do mundo estarão focados em nós. Para garantir estrutura e formação de pessoas leva tempo, muito dinheiro e bom planejamento com planos de ação bem formatados.

Neste último final de semana, em uma destas manhãs prazerosas de domingo, resolvemos degustar um café da manhã com a família sem rumo definido. Em um município, quase bem próximo de Fortaleza, nós apostamos nossas fichas. Pela sua estrutura, deduzimos que estava habituado em receber pessoas para uma refeição matinal. Pasmem. Não tinha pãezinhos. Produto básico para um café da manhã. Tivemos que aguardar mais de vinte minutos, para que o estabelecimento o providenciasse.

Fica a pergunta que não pode ser ignorada, porém necessária: quanto nós estamos preparados para este acontecimento que mexerá com o país todo? Quanto nós estamos estruturados economicamente? E dentre os valores, a ética e a prática da cidadania, estamos com as lições em dia?

É preciso muito mais. As pessoas precisam ser preparadas, independente de calcularem suas cifras. As instituições educacionais e responsáveis por cursos de formação profissionais devem dar suas contribuições. O fato é que devemos nos conscientizar da importância do atendimento. E que as pessoas, que nos visitam de outras regiões ou países, precisam ser bem tratados. Conhecer outras culturas contribui muito, para sermos mais servis.

Resumindo, trata-se de uma época de forças dicotômicas. Muitas coisas estão ascendendo e outras piorando. Precisamos acreditar e nos esforçar em buscar o equilíbrio das nossas ações. Finalizando, podemos concordar com o comentário do ex-presidente da República Tcheca – Vaclav Havel ao congresso americano em meados da década de 90, citado na obra de Peter M. Senge – A Quinta Disciplina (2009).

“Hoje em dia, muitas coisas indicam que estamos passando por um período de transição, quando parece que algo esta desaparecendo e outro está nascendo dolorosamente. É como se alguma coisa estivesse se contorcendo, apodrecendo e se esvaindo, enquanto outra, ainda indistinguível, vai se erguer dos escombros”.

Um grande abraço,

Eleni Gentil Amaral













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